Linhas e Falanges
No candomblé os orixás formam um sistema, estando ligados por laços de casamento e descendência; por exemplo: Nanã é a ancestral feminina, a avó, enquanto Ogum é filho de Oxalá com Iemanjá e assim por diante. Assim no candomble cada orixá tem sua história, suas paixões, lutas e apresentam preferências alimentares de cada um, cores, roupas, adereços, etc.
Os espíritos dos antepassados bantos e as entidades ameríndias - os caboclos - não apresentam esse tipo de organização: estão distribuídos em aldeias, reinos, tribos e, em vez de formarem um sistema, justapõem-se entre si. Com a influência do kardecismo, a Umbanda usa para sua organização o que chamamos de LINHAS e FALANGES - princípios de organizações e classificação dos espíritos.
Linhas e Falanges constituem divisões que agrupam as entidades de acordo com as afinidades intelectuais e morais, origem étnica e, principalmente, segundo o estágio de evolução espiritual em que se encontram, no astral.
De acordo com os mais variados critérios e sem limite de número, o que na prática se traduz em uma multiplicidade de esquemas, a partir das sete linhas tradicionais da Umbanda, por sua vez subdivididas em sete falanges ou legiões.
- Linha de Oxalá
- Linha de Iemanjá ou Linha das Águas
- Linha de Oxóssi
- Linha de Xangô
- Linha do Oriente / Linha de Cosme e Damião
- Linha de Ogum
- Linha Africana ou das Almas
    Cada terreiro tem a sua forma de interpretar a Umbanda, os ritos também  	diferem de casa para casa. A maioria utiliza atabaques e outros instrumentos  	musicais para acompanhar os seus pontos cantados, mas alguns só cantam seus  	mantras. Toda gira de umbanda tem como base o processo de defumação -  	elemento característico das giras - que consiste na queima de ervas  	essenciais, com o fundamento de limpeza do campo áurico energético das  	pessoas e do ambiente para que a faixa vibracional seja ajustada para o  	recebimento das entidades que ali trabalharão.
    As giras se iniciam com os pontos cantados, defumação e a incorporação. Após  	a incorporação do médiuns (cavalos) pelos seus respectivos guias, inicia-se  	o atendimento espiritual para o público, em que a todos são convidados a  	tomar um "passe" com os guias que estão em terra, que trabalham  	exclusivamente para a caridade e se utilizam de alguns matérias como velas,  	ervas, pedras, pembas (giz) para riscar seus pontos riscados ou mandalas.
A Umbanda é genuinamente brasileira. A Prática da Umbanda nada tem a ver com o Candomblé ou com a Kimbanda. Trata-se de uma religião que trabalha diretamente com entidades do Plano Astral, espiritos desencarnados ou seres da natureza (os elementais), e utliza a mecânica da incorporação para trabalhar as necessidades emergenciais do homem, trazendo a força e sabedoria dos mestres da Aruanda e age através da cura e energização do campo astral.
Atua nos centros de força dos corpos e campos magnéticos das pessoas que "...vêm em busca de socorro, alivio e cura para suas dores morais e físicas." E também traz muito ensinamento das verdades da espiritualidade maior Um Deus único e superior Zâmbi, Olorum ou simplesmente Deus – os Orixás são cultuados como divindades de um plano astral superior, que na Terra representam às forças da natureza (muitas vezes confunde-se a força da natureza com o próprio Orixá):
- Oxum: As águas doces; 
 
-  Iemanjá: As águas salgadas; 		
 
-  Iansã: Os ventos, chuvas fortes, os relâmpagos; 
 
-  Xangô: A força das pedreiras; 		
 
-  Oxóssi: A energia das matas; 
 
- Ogum: Dos metais...
São 7 os Orixás ou Linhas na Umbanda, em ordem:
- Oxalá: Representado por Jesus.
-  Oxossi: Representado pelos caboclos ou  		índios brasileiros ou não. 
 
-  Ogum: Os chamados guerreiros. 		
 
-  Ibeji Bejada: A linha das crianças. 
 
-  Oxum: Representada pela força da água doce, rios e cachoeiras. 		
 
-  Xangô: Representa a justiça e a força das pedreiras. 
 
- Yemanjá: Representa a água salgada, o mar.
    A cada Orixá está associada uma personalidade e um comportamento diante do  	mundo e com seus filhos, os quais são seus protegidos e uma parte das  	emanações do Orixá presentes no Orí ou Camatuê (Camatua) desses filhos.
    Existe a compreensão do trabalho dos Orixás na Umbanda em 7 Linhas. Rubens Saraceni as divide da seguinte forma:
Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução, Geração.
    • Fé: Oxalá
    • Amor: Oxum 
    • Conhecimento: Oxóssi 
    • Justiça: Xangô 
    • Lei: Ogum e Iansã 
    • Evolução: Crianças
    • Geração: Yemanjá e Omulu 
Os templos onde os "comandantes" são Pretos-Velhos seguem a corrente africana e os que têm os Caboclos como "comandantes" seguem a linha indígena. Mas, isso não é regra e pode variar de templo para templo.
    As pessoas que recebem,  	incorporam entidades dentro dos terreiros, são ditos médiuns, cavalos ou  	"burros". Pessoas que têm o Dom de incorporar os Orixás e Guias.
    "As entidades" que são incorporadas pelos médiuns podem ser divididas entre:
    • Falangeiros de Orixás: Xangô, Ogum, Oxum, Nanã, Iemanjá, Iansã,  	Obaluayê, Oxumaré, entre outros.
    • Guias: Pretos- velhos, Caboclos, Boiadeiros, Crianças, Exus,  	Marinheiros e Orientais. 
    • Kiumbas, espíritos sem luz: esses, normalmente, são incorporados  	quando se está fazendo algum descarrego ou quando existe algum obsediado no  	local. 
